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Henrique Sungo, a nova tendência e inspiração da cultura angolana

Angolano de gema, natural do Huambo, Henrique Sungo encontra-se na diáspora há mais de 20 anos. Deixou o país em 2001, com destino a Portugal, para continuar a formação académica, mas acabou por escolher o Reino Unido para residir e foi lá que se formou em Psicologia Desportiva pela London School em Londres em 2012.
Mas Henrique Sungo tem também valências no domínio cultural assumindo grande destaque como escritor. Já tem quatro obras literárias, e é também actor, guionista, contador de histórias africanas, produtor e realizador de filmes, tendo feito mais de 10 obras em território nacional e na Diáspora.
A ideia de ser um artista multidisciplinar, desenvolvendo talentos em diversas áreas, vem de criança – sempre foi muito curioso.
Em Inglaterra dedicou-se à literatura, em Angola, ao desporto (basquetebol) e a uma experiência como actor.
Nos seus trabalhos, aborda normalmente assuntos sociais, culturais, sempre com foco em África.
Em 2024, venceu prémio de Melhor Documentário em Curta-Metragem no Festival de Londres, e também recebeu uma menção honrosa em Angola, no CineFest, Festival de Cinema ao Ar Livre, em, Viana, Luanda.
Henrique Sungo garante que não trabalha para nomeações, mas para transmitir boas ideias e bom trabalho às pessoas. E explica que tem aprendido muito com o intercâmbio entre artistas ingleses, angolanos e de outros países africanos que estão mais avançados na área do cinema.
Levar estes ensinamentos para Angola e outros países de expressão portuguesa é uma “missão muito grande”, podendo ajudar a contribuir para o desenvolvimento da indústria de cinema.
Viver em Inglaterra, explica, trouxe o ganho de um ambiente de multiculturalidade, que confere oportunidades.
Henrique Sungo trabalha no Departamento de Engenharia e Comboios, em Londres.
Gosta de ensinar aos ingleses a cultura angolana, numa altura em que o país vive um momento de abertura para o turismo – basta lembrar que o Presidente da República, João Lourenço, aprovou um Decreto Presidencial que isenta cidadãos de 98 países de visto de turismo.

Quanto ao cinema angolano, afirma, tem estado a crescer e surgem filmes nacionais com boa qualidade de produção, merecendo nomeações internacionais.
Mas seria importante que se abrissem mais escolas de arte, teatro e cinema que constituem formas de diversificação da economia, sendo que a Saúde e a Educação são áreas onde Angola deveria investir mais.
Relativamente as comemorações dos 50 anos de independência nacional, Henrique Sungo anunciou estar a preparar um evento no domínio das artes plásticas para esse momento.

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