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Presidente Agostinho Neto celebrado em Cuba

Com uma homenagem no parque dos heróis africanos em Havana, onde foi colocada uma coroa de flores no busto de Agostinho Neto, angolanos e cubanos prestaram tributo a uma das figuras transcendentais do movimento independentista em África, que proclamou perante o mundo a Independência de Angola, a 11 de novembro de 1975.
Na sua mensagem, o Embaixador de Angola em Cuba, Carlos Cruz de Lemos Sardinha Dias, destacou a vida e obra do primeiro Presidente de Angola, cujo aniversário este ano coincide com o 50º aniversario da Independência Nacional.
O diplomata angolano sublinhou que Agostinho Neto se destacou, desde muito cedo, ainda em formação em Portugal, como um patriota comprometido não só com Angola, mas também com a causa do continente-berço, promovendo manifestações anticoloniais, o que despertou o interesse de outros líderes africanos em libertar o seu povo dos colonizadores.
Tal acção, disse o Embaixador Carlos Sardinha, permitiu conquistar o respeito das autoridades coloniais portuguesas e forçou a assinatura dos Acordos de Alvor, em 15 de janeiro de 1975, com a participação dos restantes movimentos de Libertação Nacional.
António Agostinho Neto, tornou-se assim uma referência internacional. Com o seu contributo e apoio solidário, foi possível banir o infame sistema racista do apartheid na África do Sul e alcançar a independência da Namíbia e do Zimbabué. Disse o diplomata angolano.
Para o embaixador Sardinha Dias, Neto foi também um importante representante da cultura angolana, destacando-se como um dos seus maiores poetas. Uma boa parte das suas obras foi escritas na prisão e nelas denunciou as situações injustas do colonialismo, manifestando também optimismo pela nova vida que ajudou a construir.
Nascido a 17 de setembro de 1922 em Ícolo e Bengo, na província do Bengo, desde muito jovem ingressou na actividade política revolucionária que procurava a independência de Angola do colonialismo português. Em 1951, enquanto estudava Medicina em Coimbra, Portugal, foi preso pela polícia repressiva do regime ditatorial de Salazar e só libertado sete anos depois. Concluiu então os estudos e regressou à sua Angola em 1959.
Poeta, médico, lutador contra o colonialismo e sobretudo Pai da Independência de Angola, António Agostinho Neto cumpriria este ano 103 anos de idade. Morreu em Moscovo vítima de doença, a 10 de setembro de 1979.

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